O Simpósio do Patrimônio Material e Imaterial de Jundiaí

(2013-2017)


Postado em: 20/11/2022

Em 2013, no contexto de um evento acadêmico, o II Encontro de Tecnologia e  Cultura, a Fatec Jundiaí procurou reunir pesquisadores com estudos relacionados ao patrimônio histórico e cultural.

Celebrando os resultados das pesquisas realizadas sobre o patrimônio histórico e cultural em Jundiaí através de lançamento de livros que surgiram a partir de pesquisa de docentes e Trabalhos de Conclusão dos alunos do Curso de Tecnologia em Eventos, elegeu-se a temática Diálogos entre Tecnologia e Patrimônio Cultural. Naquele momento, os organizadores do Encontro objetivaram abrir um espaço de discussão e divulgação de pesquisas recentes sobre patrimônio histórico e cultural, quer visando a especificidade do patrimônio ferroviário para o desenvolvimento de Jundiaí e região enquanto temática relevante, quer destacando a importância das novas tecnologias da informação e da comunicação para o conhecimento, organização de acervos e divulgação dos estudos do patrimônio cultural material e imaterial (figura 1).


Figura 1 - Banner do Evento

Fonte: Acervo dos autores

 

Muitas dessas pesquisas foram advindas do Projeto Memória Ferroviária (1869- 1971) que a Fatec Jundiaí passou a integrar a partir de 2009, em parceria com a Unesp de Rosana, cujo foco principal a identificação, catalogação, digitalização e difusão do acervo documental da Companhia Paulista existente na biblioteca do Museu dos Ferroviários, no Complexo Fepasa. Docentes e discentes da Fatec Jundiaí foram incorporados neste projeto dentro do eixo temático Tecnologia e Cultura. A Revista Eletrônica Tecnologia e Cultura da Fatec Jundiaí, surgida em 2008, tem registrado este percurso sendo um importante canal de valorização e divulgação desta produção docente e discente.

Destacou-se, neste evento, a parceria com a Secretaria Municipal da Cultura que tem como prioridade trabalhar o conceito antropológico de cultura, considerando-a em suas dimensões simbólica, cidadã e econômica. O trabalho da Secretaria conta com a participação da sociedade civil, representada pelo Conselho Municipal de Cultura e pelo Conselho Municipal do Patrimônio Cultural. .

Neste encontro, tentou-se também pensar a articulação entre a preservação do patrimônio histórico e as questões relativas à gestão ambiental que visem integrar patrimônio cultural e patrimônio natural contando com a participação da Secretária de Planejamento e Meio Ambiente de Jundiaí. O Encontro, neste sentido, objetivou contribuir com as discussões e decisões relativas ao patrimônio histórico e cultural da cidade e as perspectivas de revitalização do Complexo Fepasa, na qual a Fatec Jundiaí se localiza.

Em decorrência dos trabalhos apresentados neste evento foi lançado um dossiê específico para a temática Diálogos entre Tecnologia e Patrimônio Cultural na Revista Eletrônica de Tecnologia e Cultura da Fatec Jundiaí (figura 2).


                                                                                     Figura 2 – Capa da 13ª. edição da RETC

                     

Fonte: Acervo dos autores (2018)


Assim, no contexto do II Encontro de Tecnologia e Cultura, surgiu uma parceria entre o Compac e a Fatec Jundiaí que deu início à série de eventos designado Simpósio do patrimônio Material e Imaterial que na sequência seria realizado como uma iniciativa independente ao longo dos anos até chegar a fazer parte do calendário municipal a partir de 2017.

No ano de 2014, a recém-criada Diretoria de Patrimônio Histórico e Cultural da Secretaria Municipal de Cultura de Jundiaí em parceria com a FATEC promoveu o II Simpósio sobre Patrimônio Material e Imaterial, objetivando suscitar a discussão sobre esse tema em nossa cidade, assim como o deabrir espaço para pesquisadores exporem seus trabalhos de pesquisas de acordo com os eixos temáticos do evento.Naquele momento, os objetivos do evento eram: a) apresentar o potencial de produção do conhecimento científico relativo ao patrimônio material e imaterial para a comunidade jundiaiense e região, universidades e demais centros de pesquisa do Estado de São Paulo; b) consolidar um espaço de discussão e troca de conhecimentos sobre patrimônio material e imaterial; c) abrir espaço para pesquisadores e estudantes universitários publicarem resultados de pesquisas científicas no que envolve a memória, o patrimônio e a história; e d) envolver a população de Jundiaí nas questões relativas aos Patrimônios da cidade (Figura 3).

Figura 3 Identidade visual do II Simpósio do Patrimônio Material e Imaterial

                                                   

Fonte: Acervo dos autores (2018)


Destacam-se na organização destes eventos a participação de alunos da Fatec Jundiaí que criaram uma produtora cultural denominada “Na Rua” e a atuação do Núcleo de Estudos de Tecnologia e Sociedade (NETS) criado em 2008.

Para os resumos apresentados no Simpósio houve a oportunidade de publicação em edição da Revista Eletrônica de Tecnologia e Cultura com o dossiê intitulado “Paisagem e mobilidade urbana” (Figura 4).


Figura 4 – Capa da 15ª. edição da RETC

                               

Fonte: Acervo dos autores (2018)


Foi realizado entre os dias 26 e 29 de agosto de 2015, no Complexo Fepasa, o III Simpósio sobre Patrimônio Material e Imaterial de Jundiaí. A programação repleta de uma série de atividades, incluiu apresentação de trabalhos, mesa-redonda, intervenções artísticas, workshops e palestras. A finalidade do Simpósio, promovido pela Secretaria de Cultura da Prefeitura de Jundiaí, através do Diretoria Patrimônio Histórico e Cultural, com apoio da Faculdade de Tecnologia de Jundiaí (Fatec), foi conscientizar o público para a preservação dos bens "material e imaterial", que embora pareçam ter feito apenas parte de um passado muito distante, estão presentes na vida, história e construção da identidade da cidade, de uma sociedade.

Nos meses que antecederam o evento, não apenas poder público, representantes da sociedade e demais pessoas envolvidas diretamente nesta causa, mas toda a população foi convidada a participar de alguma forma, quer fosse prestigiando, ou mesmo, apresentando trabalhos e sugestões que contribuiriam com o fortalecimento deste tema (Figura 5).


                                                                                Figura 5 Identidade visual do III Simpósio

                           

Fonte: Acervo dos autores (2018)


A programação incluiu o atual cenário da preservação do patrimônio histórico em Jundiaí; a história da preservação do Patrimônio: passado e presente; desenhos e fotos de imóveis históricos na cidade com pré-roteiro estabelecido; a Ponte Torta, resgate histórico, zeladoria e restauro; intervenções contemporâneas em imóveis históricos, Fazenda Ermida – restauro e disponibilidade ao público; apresentação dos trabalhos da Comissão da Verdade de Jundiaí entre outros assuntos.

Entre 24 a 26 de agosto de 2016 ocorreu o IV Simpósio com uma temática geral anunciada como “As várias dimensões do patrimônio cultural” (Figura 3).


Figura 3 – Identidade visual e programação geral do IV Simpósio

                                 

Fonte: Acervo dos autores (2018)


   A partir deste evento foi criada e publicada a Revista Eletrônica Cidade, Memória e Patrimônio, com os artigos de trabalhos selecionados (Figura 6).


Figura 6- Revista Cidade, Memória e Patrimônio


Fonte: Acervo dos autores


O Simpósio sobre o Patrimônio Material e Imaterial surgiu em 2013 e em 2017, já na sua quinta edição, tornou-se um evento do calendário municipal. Dando continuidade a esse evento, o DPH definiu como temática central as relações entre “Cidade, Memória e Patrimônio” (Figura 7).


Figura 7 Identidade visual do V Simpósio do Patrimônio Material e Imaterial


Fonte: Acervo dos autores (2018)


O evento, de natureza acadêmica e também política, tem buscado ser um movimento na cidade de Jundiaí e região para colocar em pauta os estudos, reflexões e intervenções no âmbito da participação dos diversos segmentos sociais na definição da agenda quanto a projetos e programas relacionados à educação ambiental e patrimonial, ao conhecimento e ao empoderamento das práticas, tradições e espaços da memória e do patrimônio no espaço urbano.

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